Desculpem o atraso. Crítica de “Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras”

Economizar. É isso que eu tô fazendo nos últimos 4 ou 5 anos. E agora preciso economizar, além de dinheiro, economizar tempo. Tenho uma vida muito conturbada, faço muitas coisas na verdade porra nenhuma. Eu já devia ter colocado essa crítica desde sexta, Mas o Faxineiro (sempre ele) me arrastou, por duas vezes, para casa de dois amigos nossos. É, só deu pra colocá-la hoje. Vamos ao que interessa: o filme.

Antes de falar do filme em geral, gostaria de dizer que, como já era esperado, Robert Downey Jr. executou de forma extraordinária o seu papel. O mais famoso detetive do mundo foi novamente honrado com o show desse excelente ator.

O filme, como todos sabiam (ou deveriam saber), não é baseado em nenhum conto de Sir Arthur Conan Doyle. Apenas se utiliza das personagens dos mesmos. Claro que nem todas as personagens existem nos contos. O filme apresenta um enredo interessante, com pontos interligados desde o início até o final do filme. Condizente com a personagem principal, essas ligações foram feitas de forma extremamente inteligente, e acredito que dificilmente alguém notaria essas ligações antes de serem mostradas (humildemente falando, notei poucas, o resto me passou despercebido).

Neste filme, os Mulroney fizeram questão de mostrar que até um gênio como Sherlock Holmes, pode cometer erros. E, como todo mundo, só percebe seu erro quando é tarde demais. Mas como o mocinho sempre se dá bem no final, Holmes consegue virar o jogo. De forma, em minha humilde opinião, espetacular e um tanto sarcástica.

Para mim, o ponto que mais chama atenção não é nem o reencontro de Holmes com Watson, nem o casamento do Doutor e muito menos o jogo de xadrez ou a briga do detetive com Moriarty. O ponto que mais chama atenção é, literalmente, um ponto.

O filme se inicia com Watson escrevendo a história do caso, e termina com o mesmo encerrando o escrito. Holmes está na casa (sem ninguém perceber) e quando Watson sai de seu escritório, o detetive vai até a máquina de datilografar e coloca ao lado do “The End”, um ponto de interrogação. É exatamente esse ponto que mais chamou a atenção, pois é uma deixa para um possível Sherlock 3.

E ai, galera de Hollywood? Aprenderam como fazer uma “deixa” de continuação de forma simples, mas extremamente genial? Se não, aprendam. Dificilmente alguma outra vai me surpreender tanto quanto esta do Sherlock.

Filme excelentemente montado, com estrutura de qualidade, enredo interessantíssimo e muita inteligência empregada na hora da montagem do filme. Sem falar na atuação dos atores, principalmente os protagonistas Robert Downey Jr. (novamente) e Jude Law.

Só espero que essa deixa nos traga um Sherlock Holmes 3 que seja mais empolgante e que faça jus aos outros 2 filmes.

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